sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A dor do dia seguinte.

Não dá para esconder: a dor acompanha as Artes Circenses em diversos níveis. Como acontece em toda atividade física, tanto iniciantes como os mais experientes podem sentir dor depois dos exercícios, mas o importante é saber até que ponto ela poder ser considerada normal ou um sinal de que o corpo passou dos limites.

 

Para quem já está sem praticar exercícios há muito tempo, qualquer atividade irá causar dores musculares no dia seguinte podendo se prolongar até mais dois dias. Isto porque o organismo precisa de um tempo para se adaptar a novos esforços.


Durante a atividade, os músculos solicitados sofrem microrrupturas e acumula ácido lático. Para se recuperar, o organismo gera um processo inflamatório e aí a dor. Aos poucos, entre 1 a 2 meses, o corpo irá se adaptar a intensidade dos exercícios e a dor irá desaparecer aos poucos.


Nos treinos mais intensos a probabilidade de ficar mais dolorido ou até mesmo sofrer uma distensão é maior. Por isso é importante sabre como lidar com as dores diárias e evitar as lesões mais graves. Não quero dizer que seja preciso sentir dor para fazer circo, aliás, se você sente dor durante o exercício é sinal de que está forçando além do que deve ou que já é hora de parar e diminuir o ritmo ou a intensidade do exercício.


Porém, como a tendência nas atividades circenses é progredir para evoluções mais complexas ou mesmo posições que ativem grupos musculares diferentes, a dor pode voltar. A medida que o condicionamento físico melhora, sentimos mais estímulo para permanecer mais tempo em um aparelho ou manter algumas poses por mais tempo, o que aumenta a intensidade do trabalho muscular.


O que fazer? Um bom alongamento antes e depois do treino é muito importante para preparar e relaxar a musculatura, de preferência um que contemple todos os principais grupos musculares.


Para quem treinou e sentiu dor no dia seguinte, procure treinar outros grupos musculares ou fazer atividades com menor intensidade para não agravar a situação.


As compressas de gelo também ajudam no processo antiinflamatório. Duas vezes ao dia por 10 minutos já é suficiente. Os medicamentos antiinflamatórios só devem ser tomados com prescrição médica.

Dê um tempo para o corpo se recuperar, não trabalhando os mesmos grupos musculares em dias seguidos.

Se estiver com muita dor, descanse.


Mas persista, vale a pena!

Vídeo: Os cinco truques mais doloridos do Tecido Acrobático.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mostra Competitiva da Revirada do Circo

Entre os dias 8 e 12 de dezembro de 2010, o centro de São Paulo recebe a Revirada do Circo, reunindo o II Festival Municipal de Circo, que contará com a participação de artistas do Brasil, América Latina e Europa, junto com uma Mostra Competitiva e com a 5ª Palhaçaria Paulistana.

A Mostra Competitiva será realizada no dia 9 de dezembro de 2010, quinta-feira, no Vale do Anhangabaú, São Paulo, entre 10h e 18h.

As inscriçòes poderão ser realizadas até 28 de novembro de 2010, somente através da página:

http://viradacultural.org/revirada/circo/inscricao

Os resultados serão divulgados no dia 1º de dezembro de 2010. Os selecionados serão contactados via emeio ou telefone.

Premiação

Haverá uma pré-seleção entre os artístas inscritos, realizada pelo Júri da Mostra Competitiva.

O resultado da premiação sairá no mesmo dia (9 de dezembro, quinta-feira), às 18h. Os artistas que participaram da Mostra Competitiva deverão estar presentes no horário de divulgação da premiação para reapresentar os espetáculos vencedores.

Para os valores das premiações e mais informações clique aqui.

domingo, 21 de novembro de 2010

A origem do trapézio fixo.



O trapézio tem suas primeiras origens no que resolveu-se chamar de Triângulo Clias, inventado pelo famoso professor de ginástica. Em seu livro publicado em 1816, ele descreve este acessório como uma vara de freixo, com cada extremidade presa a uma corda. Estas duas cordas são elas próprias conectadas por um anel colocado em um gancho para suspender o instrumento.
Assim, o primeiro trapézio tem um formato triangular e, portanto, pode girar em torno de si mesmo.
No entanto era ao Coronel Amoros que geralmente se atribuía a autoria da invenção do trapézio. Na verdade, ele descobre na mesma época um aparelho de ginástica que se assemelha muito ao triângulo de Clias.
Chamado trapézio por causa de sua forma geométrica, este aparelho parece ser do mesmo material que o triângulo, mas é montado de maneira diferente. Em vez de unir as duas cordas no mesmo anel, Amoros resolveu colocá-los em diferentes anzóis, espaçados 30 a 40 centímetros de distância. Dessa forma, ele remove qualquer movimento e dá ao trapézio sua fixidez.
Embora o coronel não quisesse sua invenção nas Artes do Circo, ela aparecerá em breve. Em 1850, os irmãos Francisco e Henrique Maitrejean são relatados como hábeis acrobatas no trapézio.
A estes homens, que dominaram inicialmente a prática trapezoidal sucederam-se mulheres que adotaram a prática a partir do início do século passado. Na verdade, até agora, o nome do trapézio fixo feminino brilha, com algumas exceções.
Além disso, devido à sua transmissão oral a técnica do trapézio sempre foi aos poucos perdida, então resgatada, mas nunca totalmente fixada.
Agnès Balavoine em Méthodologie Trapézoïdale v.1
ilustração de Toulouse-Lautrec