Existe sempre aquele momento de excitação (escrevo isso sobre aqueles professores que chegam antes dos alunos): os primeiros alunos que entram na sala, com um olhar de estranhamento por serem os primeiros ou pelo silêncio na sala; os que chegam com a cabeça em outro lugar, mas levam o corpo para a aula a duras penas. Há também os que estão animados com o que vai ser trabalhado em seguida, prontos para experimentar uma nova queda, já sonhada tantos dias antes da aula e que algo nos diz que “hoje sai”. Para o professor a aula começa aí. Não se enganem pensando que nós não aprendemos tanto – ou mais – do que os alunos. Estão todos ali, na sua frente. Basta aprender a olhar.
Trocam de roupa, conversam sobre a vida ou colocam-se em posição silenciosamente, aguardando que todos estejam em seus lugares para o começo da aula. Mas a aula já começou. Esses cinco ou dez minutos servem para que possamos nos conectar com o espaço que ocupamos e com o nosso corpo. Escolhemos como e onde nos posicionar na sala e sentimos as condições do nosso corpo neste dia. Digo a vocês: isso é mais importante do que um alongamento ou um aquecimento puramente físico. É a hora de perceber a quantas anda nossa musculatura, como está nosso humor nesse dia, os pensamentos que trazemos do mundo exterior e se nossa atenção está mesmo ali.
E então começam os alongamentos. Cabeça no joelho? Barriga na coxa? Sem dobrar o cotovelo? Ele está louco se acha que minha perna estica assim! É possível? Mas ela já fazia ginástica! O trabalho minucioso, difícil, dolorido, em que partes do nosso corpo que habitam extremidades longínquas tentam se tocar. Não adianta se balançar para frente e pra trás, se puxar, te empurrarem em direção aos pés. Basta deixar as tensões se dissiparem e ceder. É um jogo de aceitação com o nosso corpo - oferecemos mais amplitude de movimento e ele nos dá dor. O corpo tem motivos para isso, mas prometo falar mais sobre a dor em outra coluna. Só adianto que não sou eu quem pensa sozinho nessas coisas; porém deixo para revelar minhas fontes outro dia.
Aos poucos, vamos deixando esse corpo pronto para as coisas extraordinárias que faremos em seguida. Voar! Saltar! Manter diversos objetos no ar!
Trocam de roupa, conversam sobre a vida ou colocam-se em posição silenciosamente, aguardando que todos estejam em seus lugares para o começo da aula. Mas a aula já começou. Esses cinco ou dez minutos servem para que possamos nos conectar com o espaço que ocupamos e com o nosso corpo. Escolhemos como e onde nos posicionar na sala e sentimos as condições do nosso corpo neste dia. Digo a vocês: isso é mais importante do que um alongamento ou um aquecimento puramente físico. É a hora de perceber a quantas anda nossa musculatura, como está nosso humor nesse dia, os pensamentos que trazemos do mundo exterior e se nossa atenção está mesmo ali.
E então começam os alongamentos. Cabeça no joelho? Barriga na coxa? Sem dobrar o cotovelo? Ele está louco se acha que minha perna estica assim! É possível? Mas ela já fazia ginástica! O trabalho minucioso, difícil, dolorido, em que partes do nosso corpo que habitam extremidades longínquas tentam se tocar. Não adianta se balançar para frente e pra trás, se puxar, te empurrarem em direção aos pés. Basta deixar as tensões se dissiparem e ceder. É um jogo de aceitação com o nosso corpo - oferecemos mais amplitude de movimento e ele nos dá dor. O corpo tem motivos para isso, mas prometo falar mais sobre a dor em outra coluna. Só adianto que não sou eu quem pensa sozinho nessas coisas; porém deixo para revelar minhas fontes outro dia.
Aos poucos, vamos deixando esse corpo pronto para as coisas extraordinárias que faremos em seguida. Voar! Saltar! Manter diversos objetos no ar!
E tem gente que prefere ver isso na TV...
Um comentário:
tenho varias fotos suas na apresentacao de final de ano da escola cantinho do ceu. nao sei se o eliezer ou o felipe te mandaram, qualquer coisa entra em contato
anapaulapalu@gmail.com
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